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Funcionários excepcionalmente qualificados impulsionam o sucesso.

Arief Yahya, Diretor Presidente, Telekomunikasi Indonésia (Telkom): Entrevista: Entrevista

Dec 18, 2023

Indonésia | TIC

Que progressos tem registado a rede nacional de banda larga e como está a ultrapassar os desafios de ligação ao arquipélago?

ARIEF YAHYA: Houve um bom progresso, apesar dos inevitáveis ​​desafios de conectar uma nação formada por milhares de ilhas. Para construir a infraestrutura para a rede nacional de banda larga, lançamos a iniciativa Redes Digitais da Indonésia 2015. Até agora, a verdadeira banda larga atingiu 8,6 milhões de passes domésticos. Estamos construindo um anel digital de mais de 75.000 km para servir como backbone da rede, conectando todas as principais ilhas. A maior parte desse anel, cerca de 68.000 km, foi concluída e a ramificação Sulawesi-Maluku-Papua deve ser concluída até 2015. Nesse ponto, o anel atingirá cerca de 85% da população. Fornecer acesso para pessoas em áreas remotas, no entanto, continua sendo um dos maiores desafios. O satélite será necessário para ligar o resto do arquipélago, nas zonas mais afastadas das ilhas principais. Também pretendemos construir mais de 100.000 metros quadrados de data centers. Isso apoiará a tecnologia da informação e comunicação (TIC) no país e facilitará a inovação nos mercados vertical e horizontal. Um projeto dessa magnitude ainda não foi tentado e, como a implantação de novas tecnologias requer novas habilidades e planejamento preciso, é claro que existem muitos desafios. Uma delas é garantir que os parceiros entendam a nova tecnologia e estejam prontos para configurar os componentes necessários: anteriormente as forças de mercado serviam como um driver eficaz, mas para realizar um projeto dessa escala agora temos que liderar e facilitar essa prontidão. Outra é a aquisição do site. Em cada implantação, é preciso proteger o site e lidar com questões de licenciamento. Para esse fim, estamos fazendo parceria com vários proprietários de infraestrutura em todo o país para reunir recursos.

Quanto o crescimento dos serviços de dados na Indonésia está gerando receita no setor?

YAHYA: A maior área de crescimento do setor está atualmente em dados móveis. Embora a maior parte da receita ainda venha de serviços legados, como voz e SMS, eles estão em declínio relativo. No celular, o SMS ainda está crescendo cerca de 8% e a voz ainda está tendo um pequeno crescimento também. O preço desses serviços, no entanto, está diminuindo, então precisamos buscar receita em outro lugar nos próximos anos. Na Indonésia, como em todos os países, os serviços de voz para linhas fixas também estão em declínio. Esperamos que os serviços de dados, que estão atingindo cerca de 27% de crescimento, compensem o declínio desses serviços mais antigos.

É por isso que estamos implantando a banda larga de forma tão agressiva. Servirá como uma base a partir da qual a inovação pode crescer. Uma penetração mais ampla terá um grande efeito na economia da Indonésia como um todo: um crescimento projetado de 10% na penetração poderia agregar 1,4% à economia. Observe também que grande parte do crescimento de assinantes e dados móveis está fora de Jacarta – em Java, Sumatra, Bali, Sulawesi e algumas das maiores cidades de Kalimantan. Essa expansão dos dados móveis, uma tendência tão importante, está acontecendo em todo o país.

Quão competitiva é a qualidade do capital humano da Indonésia no setor de TIC, especialmente com a integração da ASEAN ao virar da esquina?

YAHYA: Para ser realmente competitiva na região, a Indonésia deve se apressar em preparar uma força de trabalho pronta em TIC. A oportunidade está madura: o país tem uma população jovem em rápido crescimento, ansiosa para contribuir para o futuro do setor. É preciso haver um maior foco na educação – especialmente no ensino médio – que irá treinar os jovens do país e criar um banco de talentos em padrões internacionais. As empresas locais estão cada vez mais fazendo parcerias com as principais multinacionais para desenvolver os serviços móveis e de nuvem do país. Essas parcerias são cruciais para elevar os padrões de TIC da Indonésia a um nível global. As empresas locais também precisam cruzar as fronteiras para atrair capital humano dos mercados de TIC mais avançados e saturados da região, como Cingapura e Hong Kong. Estou otimista de que, se esses avanços na educação e alcance global puderem ser alcançados, a Indonésia poderá se tornar um dos principais atores da região em TIC.